quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Violeta Parra no Papel no Varal


Pessoal,

Já é quase sexta-feira, 13. Estamos fazendo os últimos preparativos para que tenhamos uma agradável noite poética para todos.

As mesas - que serão colocadas nos jardins internos do Teatro Deodoro - já foram todas reservadas em menos de 24h. A produção do evento está providenciando um conjunto de cadeiras extras, que ficarão disponíveis para os participantes que chegarem mais cedo ao Teatro. Desde que preservadas as condições de conforto para todos, será livre o acesso aos jardins internos dos Teatros Deodoro e Arena. Os espaços do foyer e do Café da Linda também poderão ser ocupados pelos presentes.

Lembramos que o sarau será em palco aberto nos jardins do Teatro e o varal de poesias ficará abaixo das palmeiras, recebendo uma iluminação especial, a cargo de Edner Careca.

O serviço de bar estará disponível com barracas de bebidas e tira-gosto com preços interessantes (em breve divulgaremos o cardápio).

Dentre os poemas do varal vocês encontrarão uma tradução de Volver a los 17, de Violeta Parra, em uma homenagem a Mercedes Sosa, que cantou este poema aos quatro cantos, com sua voz bela e inesquecível.

Violeta Parra

Voltar aos 17

Tradução: Ricardo Cabús

Voltar aos dezessete depois de viver um século

É como decifrar signos sem ser sábio competente,

Voltar a ser de repente tão frágil como um segundo

Voltar a sentir profundo como uma criança frente a Deus

É isto que sinto agora neste instante fecundo.


Meu passo retrocedido quando o de vocês avança

O arco das alianças penetrou em meu ninho

Com todo seu colorido passeou por minhas veias

E até a dura corrente com que nos ata o destino

É como diamante fino que alumbra minha alma serena


O que pode o sentimento não é podido ao saber

Nem o mais claro proceder, nem o mais amplo pensamento

Tudo muda ao momento qual mago condescendente

Nos afasta docemente de rancores e violências

Só o amor com sua ciência nos torna tão inocentes.


O amor é torvelinho de pureza original

Até o feroz animal sussurra seu doce trino

Detém os peregrinos, liberta os prisioneiros,

O amor com seus esmeros torna o velho criança

E ao mau apenas o carinho o torna puro e sincero


A janela se abriu completamente como por encanto

Entrou o amor com seu manto como uma tépida manhã

Ao som de sua bela alvorada fez brotar o jasmim

Voando qual serafim ao céu colocou brincos

Meus anos em dezessete os converteu o querubim.


E vai enredando, enredando

Como no muro a hera

E vai brotando, brotando

Como o musgo na pedra

Como o musgo na pedra, ah, sim, sim, sim.


Volver a los 17

Volver a los diecisiete después de vivir un siglo Es como descifrar signos sin ser sabio competente, Volver a ser de repente tan frágil como un segundo Volver a sentir profundo como un niño frente a Dios Eso es lo que siento yo en este instante fecundo. Se va enredando, enredando Como en el muro la hiedra Y va brotando, brotando Como el musguito en la piedra Como el musguito en la piedra, ay si, si, si. Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza El arco de las alianzas ha penetrado en mi nido Con todo su colorido se ha paseado por mis venas Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena. Se va enredando, enredando (…) Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente Nos aleja dulcemente de rencores y violencias Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes. Se va enredando, enredando (…) El amor es torbellino de pureza original Hasta el feroz animal susurra su dulce trino Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros, El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero. Se va enredando, enredando (…) De par en par la ventana se abrió como por encanto Entró el amor con su manto como una tibia mañana Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín Volando cual serafín al cielo le puso aretes Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.

4 comentários:

  1. Ricardo, eu vou...
    guarda uma cadeiraaaaaaa para mim, rs.
    beijo, até 13!!
    Mavi.

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  2. euuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu vou ler ... ha ha ha
    cris braun

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  3. Que beleza, Ricardo. Ficou otima a traducao. Abraco forte, Bolivar

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  4. Uau!! Que linda poesia.... Bravo!!
    Pena que nao estou ai agora...
    para estar nos jardins internos dos Teatros Deodoro e Arena. Nesses espaços do foyer e do Café da Linda.
    Heyvi

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