quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Piazzollando Quintana: sutileza nos versos e virtuosismo no tango embevecem o público


por Ludmila Monteiro e Rafaela Albuquerque
Supervisão: Jornalista Andréa Moreira
Fotos: Ascom – Instituto Lumeeiro

Criatividade: algo mais, além de um legado imortal, une dois grandes expoentes que foram visitados pelo Em Maceió chove poesia, na noite da segunda-feira, dia 27, no Maikai Choparia. A sutileza de Quintana e a sofisticação de Piazzolla transportaram o público a um encontro inusitado e envolvente nas interpretações, ao mesmo tempo fiéis e inovadoras, de Ricardo Cabús, Bruno Palagani e Willbert Fialho.
Ricardo Cabús deu voz à poesia de Mário Quintana,
o ‘poeta das coisas simples’
            A escolha da poesia de Mário Quintana provou-se das mais acertadas diante da casa cheia do Maikai - aproximadamente 250 pessoas compareceram à choparia para prestigiar o espetáculo. Na voz de Cabús, a obra do poeta que dizia escrever para ‘a Maria de Todo Dia’ e ‘o João Cara de Pão’ esbanjou simplicidade e alcançou os presentes instantaneamente.
           Quintana escreveu poemas a respeito de quase tudo: falou de amor com a delicadeza que lhe é peculiar, divagou sobre a identidade que se forma desde a casa em que se nasce, refletiu sobre a vida e a morte. Tudo isso temperado por um humor sagaz, que, com Ricardo Cabús alternando as palavras do poeta com pequenos causos de sua vida, provocou diversos momentos de riso na plateia.

Roberto Sarmento (dir.) veio atraído pela obra de Piazzolla
Ricardo Cabús deu voz à poesia de Mário Quintana, o ‘poeta das coisas simples’
 
            Opiniões do público - O professor universitário Roberto Sarmento confessou que a principal motivação para sua presença no Piazzollando foi a obra do compositor argentino, mas não deixou de citar a importância da combinação com a poesia de Quintana. “Eu acho essa iniciativa de combinar poesia com a música uma coisa muito boa... Ambas as artes são atraentes,” declarou.

Roberto Sarmento (dir.) veio atraído pela obra de Piazzolla
A música de Piazzolla foi a responsável por atrair um grande número dos espectadores que lotaram o Maikai. Arrancou aplausos do público o tango em uma nova cor, nas cordas do violão, do bandolim e da guitarra baiana, com a interpretação dos virtuosos Willbert Fialho e Bruno Palagani.

Roberto Sarmento (dir.) veio atraído pela obra de Piazzolla
 
            “Eu gosto muito de Astor Piazzolla, e aqui a gente quase que não ouve,” comentou o secretário adjunto de cultura do estado, Álvaro Otacílio Vasconcelos, presente também como representante da parceria entre o Instituto Lumeeiro e a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) – uma das responsáveis por fazer acontecer os eventos do projeto. “O Cabús está sempre inovando e seria muito bom que outras pessoas também fizessem, como ele, eventos assim, diferentes, para movimentar mais a cultura alagoana,” acrescentou o secretário.
Álvaro Otacílio Vasconcelos representou o apoio da Secult
            Lucas Almeida, estudante de jornalismo, compartilha esta opinião. Ele considera o formato do Piazzollando Quintana e outros projetos do Instituto Lumeeiro algo inédito no Nordeste e no Brasil. “Dificilmente você encontra,” disse Lucas e concluiu: “Saber que em Maceió existe, e que sempre que acontece, lota, é muito satisfatório.”
O estudante de Letras Tiago Peres, que esteve presente no Bukowski Blues, evento anterior do mesmo projeto, repetiu a dose e aprovou a interpretação dos artistas: “Eu notei uma intimidade bem maior do Ricardo Cabús com os poemas, foi uma experiência mais catártica tanto pra ele quanto pra gente.” Ele também considerou a música como “tocante e emocionante”, elogiando a diversidade na interpretação de Patricia Hecktheuer e na atuação de José Márcio Passos, que apresentou o poema Solau à moda antiga.
Patricia Hecktheuer: “Foi uma grande emoção”

Álvaro Otacílio Vasconcelos representou o apoio da Secult
 
            Convidada especial - Cabús convidou a soprano gaúcha para participar do espetáculo, interpretando Balada para um louco, após encontrá-la na rua e recordar sua admiração pelas obras de Quintana e Piazzolla. Patricia Hecktheuer disse que a experiência foi uma grande emoção e uma oportunidade de relembrar suas raízes. “Eles são muito talentosos,” falou, referindo-se a Fialho e Palagani. “A gente ensaiou tão pouco, e eles acompanharam... São pessoas muito sensíveis,” avaliou.

Patricia Hecktheuer: “Foi uma grande emoção”
 
            Os instrumentistas já haviam tido a experiência de tocar composições de Piazzolla, porém esta foi a primeira vez em que Willbert Fialho e Bruno Palagani tocaram um repertório tão extenso do argentino. “Foi um grande desafio” contou Bruno Palagani, para quem a maior dificuldade foi fazer os arranjos para cordas a partir dos originais, destinados ao bandoneón, instrumento clássico do tango. “Mas foi muito gostoso”, resumiu Palagani, recordando o processo em que ele e Fialho trabalharam para transpor os tons das músicas de Piazzolla para os mais adequados aos seus instrumentos. Na opinião do músico, esta foi uma experiência musicalmente enriquecedora para a dupla.
Palagani (esq.) e Fialho (dir.) responderam com maestria
 ao desafio de adaptar as obras do compositor argentino

Palagani (esq.) e Fialho (dir.) responderam com maestria ao desafio de adaptar as obras do compositor argentino
 
            Piazzollando Quintana encerrou a programação do projeto Em Maceió chove poesia, que levou o público ao Maikai durante os meses de julho e agosto em quatro noites muito agradáveis, plenas de boa poesia e música de qualidade, com um público total girando em torno de 900 pessoas. O projeto foi uma realização do Instituto Lumeeiro, com o apoio das farmácias Ao Pharmacêutico, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), da Gama Engenharia de Recursos Hídricos, da Braskem, do Armazém Guimarães, do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto Zumbi dos Palmares.
Novos eventos realizados pelo Instituto estão previstos para os meses de setembro, outubro e novembro deste ano. Maiores detalhes serão divulgados em breve nos seguintes endereços:
Facebook: www.facebook.com/instituto.lumeeiro.3 e Fanpage Papel no Varal
Twitter: @lumeeiro e @papelnovaral

Casa cheia no Maikai: mais de 250 pessoas compareceram ao diálogo de poesia e música do Piazzollando Quinana
 
Para receber e-mails do Instituto Lumeeiro, acompanhar sua programação, ou outras informações: 8135.5990 e contato@lumeeiro.org.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O “poeta das coisas simples” invade Maceió ao som do tango


    
Público visita a poesia de Mário Quintana e o tango de Astor Piazzolla na segunda-feira, 27
(Ascom Lumeeiro)

            Um engenhoso encontro entre poesia e música conduz o projeto Em Maceió chove poesia para o seu desfecho. A obra de Mário Quintana e o neotango revolucionário de Astor Piazzolla se entrelaçam no espetáculo Piazzollando Quintana, na segunda-feira, dia 27, no Maikai Choparia.
            O idealizador do projeto, Ricardo Cabús, dará voz a  Mário Quintana, um poeta consagrado por sua obra livre e multifacetada. Gaúcho e conhecido como o “poeta das coisas simples”, Quintana destacou-se também como tradutor e jornalista. Sua poesia é marcada por profundas reflexões e um senso de humor aguçado e sarcástico. "Quintana diz a poesia atemporal e, nele, o jovem e o velho se encontram numa simbiose, qual beija-flor e o pólen, que vai mundo afora aspergindo o belo", diz Ricardo Cabús.
            Acompanham Cabús, nesse diálogo, as cordas de Wilbert Fialho e Bruno Palagani, que trazem, com Piazzolla, composições capazes de questionar a tradição do tango argentino ao interagir com elementos do jazz e da música clássica para criar um novo estilo – o neotango. Para o duo de músicos, especializado em chorinho, tocar Piazzolla só com instrumentos de cordas é um grande desafio, "porém, muito prazeroso", diz Bruno Palagani.

Artistas      
   
            Ricardo Cabús é poeta, tradutor, compositor e professor universitário. Lançou dois livros de poesia, Cacos Inconexos e Estações Partidas, e A Galinha Saudosa, título de literatura infantil. Ensina na UFAL, preside o Instituto Lumeeiro e é o idealizador e apresentador do projeto Papel no Varal. Criou e dirige o Minuto de Poesia na Rádio Educativa FM.

            Bruno Palagani toca cavaquinho desde os 14 anos e foi apresentado ao bandolim aos 19 anos. Seu mestre e principal influência é o músico alagoano Wellington Pinheiro. Apesar de muito jovem, Bruno tem na bagagem participação em shows de diversos nomes da música alagoana e nacional, como Júnior Almeida e Ney Matogrosso. Atualmente, integra os trabalhos Duo no Choro, Trio Cai Dentro, Grupo Cai Dentro e o trabalho autoral do alagoano Júnior Almeida.   

            Wilbert Fialho é alagoano de Pão de Açúcar e traz a influência ribeirinha em sua formação musical. Destaque entre os violonistas alagoanos, já acompanhou inúmeros músicos locais, em shows e gravações, e, atualmente, toca com o cantor Altemar Dutra Jr. Já produziu trilhas sonoras para documentários e integra os grupos Duo no Choro, Trio Cai Dentro, Grupo Cai Dentro e Confraria Alagoana do Choro

O evento
            Piazzollando Quintana completa a programação do projeto Em Maceió chove poesia, uma realização do Instituto Lumeeiro com o objetivo de banhar a cidade em boa poesia e música de qualidade, no clima do inverno. O espetáculo foi precedido pelo Papel no Varal, com participação musical de Wado, Djavaneando Lêdo, com Igbonan Rocha, Altair Roque e Jucélio Souza, e Bukowski Blues, com Atiba Taylor e Ricardo Lopes.
            O projeto Em Maceió chove poesia tem o apoio de Ao Pharmacêutico, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), da Gama Engenharia de Recursos Hídricos, da Braskem, do Armazém Guimarães, do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP). A entrada para cada show custa R$7 (meia) e R$14 (inteira), para compra antecipada e R$10 (meia) e R$20 (inteira), para compra na hora do show. Os ingressos podem ser comprados antecipadamente em toda a rede de farmácias Ao Pharmacêutico. Mais informações pelo telefone 82-8135 5990 e pelo e-mail contato@lumeeiro.org.

SERVIÇO:
Piazzollando Quintana, com Ricardo Cabús,  Bruno Palagani e Wilbert Fialho
QUANDO:
Segunda-feira, 27 de agosto, às 20h.
ONDE:
Maikai Choparia
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
Livre
INGRESSOS ANTECIPADOS:
R$ 7 (meia) ou R$ 14 (inteira), à venda nas farmácias da rede Ao Pharmacêutico
INGRESSOS NA HORA DO SHOW:
R$ 10 (meia) ou R$ 20 (inteira), à venda no Maikai Choparia
INFORMAÇÕES:
82 8135-5990 / contato@lumeeiro.org
Twitter: @lumeeiro e @papelnovaral
REALIZAÇÃO:
Instituto Lumeeiro
APOIO:
Ao Pharmacêutico, Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Gama Engenharia de Recursos Hídricos, Braskem, Armazém Guimarães, Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Instituto Zumbi dos Palmares (IZP).

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Bukowski Blues, uma noitada surpreendente de poesia, com boa música e participações especiais



Desta vez, os jovens dominaram a plateia, atraídos por versos irreverentes, ditos com convicção, embalados por melodias bem interpretadas e colhidas fora do “cardápio” comercial.

(Ascom - Lumeeiro - Por Ludmila Monteiro e Rafaela Albuquerque, com supervisão da Jornalista Andréa Moreira)


               Acordes de blues introduziram o público presente no Maikai Choparia em um cenário único na noite de segunda-feira: um mundo de inquietude, relacionamentos intensos, trabalho rude, madrugadas insones, sentimentos a flor da pele. O mundo de um homem com uma infância sofrida, que descobriu, aos 35 anos, que também podia escrever poesia. E uma poesia que reverbera no tempo e no espaço. Chega aos dias de hoje, até aqui, longe de onde foi gerada.
               Não é inesperado o fato dos versos de Bukowski terem atraído tantos jovens ao terceiro evento do projeto Em Maceió chove poesia. O estilo do ‘Velho Safado’, como ficou conhecido no mundo literário, sempre foi para quem aprecia a novidade. Direto, contundente, desafiou muita gente de sua época e, ainda hoje, fascina a juventude. Ainda mais na combinação com as músicas escolhidas para a noitada do Bukowski Blues, conduzida pelo escritor Ricardo Cabús, ao som de Atiba Taylor e Ricardo Lopes.
               Linguagem atraente - “Eu fiquei sabendo no evento anterior, sobre Lêdo Ivo,” conta Isaac Amaral Bugarim, 27 anos. O advogado disse gostar da linguagem de Bukowski, por isso, veio ao Maikai com expectativas de “uma noite muito boa”. Ana Luiza Mendonça, 20 anos, compareceu também pelo programa musical e a inclusão de Summertime no repertório foi um dos acertos para ela: “Esse estilo de música me encanta,” explicou a estudante de arquitetura e acrescentou: “vale a pena conhecer esse trabalho”.
               O ator José Márcio Passos é uma presença tradicional nos eventos do Instituto Lumeeiro e avaliou: “é uma das melhores coisas que já aconteceram na vida cultural alagoana”. O próximo desafio, ele espera, será espalhar a proposta para além da cidade, no interior. Para o ator, “isso é muito importante. Você olha para as pessoas aqui nessas mesas e vê que muita gente nunca leu um poema; não tem contato e se encanta quando chega aqui, porque poesia modifica a pessoa; é uma nova maneira de ver e descrever o mundo, tudo que está ao nosso redor; e tudo se torna mais bonito, coisa que vale a pena”.


               Participações musicais - Na segunda edição do Bukowski Blues, repetiu-se a guitarra de Ricardo Lopes e teclado, sax e voz de Atiba Taylor. Os dois embalaram a poesia de Bukowski com clássicos do blues, como Baby Please Don’t Go, Big Leg Woman, Down Home Blues e muitos outros. Segundo Ricardo Lopes, a seleção das músicas foi feita a partir de um repertório que ele e Atiba já tocam, e que Cabús já conhece bem o bastante para identificar com a poesia de Bukowski. “Você tem que tentar tocar uma música que tenha a ver com o que ele está declamando da poesia”, explica o guitarrista. Para Atiba Taylor, a experiência de dialogar com a obra de Bukowski, na voz de Cabús foi “muito divertida e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de interagir com o público diferenciado”.
               Para completar, no final da noite, duas participações especiais trouxeram o som da gaita para o palco. No último bloco da programação, André Vilela, que toca na Blues Mascavo, foi chamado por Atiba, com quem já havia tocado antes, para improvisar uma música. A segunda surpresa foi Adelmo Correia, maceioense que já tocou na Dona Maria e atualmente reside em Fortaleza e faz parte da formação cearense In Blues. Ele tocou pela primeira vez com os músicos presentes no Bukowski Blues, embora já tenha assistido Atiba tocar com Artur Menezes antes e afirmou: “Quando eu soube que ele estava morando aqui, me encheu de orgulho... Eu estou aqui de férias, quando soube que ele ia tocar hoje, vim voando pra cá.”
               Para fechar a série de eventos do projeto Em Maceió chove poesia, acontece no dia 27 de agosto o Piazzollando Quintana, ainda inédito. No palco do Maikai Choparia, Ricardo Cabús dá voz à poesia livre e multifacetada de Mário Quintana acompanhado pelos músicos Wilbert Fialho e Bruno Palagani, que interpretam, em um duo de cordas, o neotango revolucionário de Astor Piazzolla. Os ingressos antecipados já estão à venda em toda a rede de farmácias Ao Pharmacêutico: custam R$7 (meia) e R$14 (inteira), para compra antecipada; R$10 (meia) e R$20 (inteira), para compra na hora do show.
              Outras informações pelo telefone 82-8135 5990 e pelo e-mail contato@lumeeiro.org.

domingo, 5 de agosto de 2012

Maceió dialoga com a poesia de um ‘Velho Safado’, regada a blues




(Ascom – Instituto Lumeeiro)

O projeto Em Maceió chove poesia ousa de novo: deságua no público os versos de Charles Bukowski, ao som do estadunidense Atiba Taylor e do alagoano Ricardo Lopes. E essa “chuva” inspiradora já tem dia e hora marcados para cair: 13 de agosto, segunda-feira, às 20 horas, no Maikai Choparia, na Jatiúca.
De origem alemã, mas criado nos Estados Unidos, Bukowski é dono de uma obra de caráter “debochado” e estilo totalmente coloquial, com alusão a trabalhos braçais, porres, relacionamentos despudorados. Além de sentimentos conflitantes de repulsa, ódio e paixão, amor... A noitada vai destacar a face poética e fascinante do também contista e romancista.
Em Bukowski Blues, o poeta e idealizador do projeto, Ricardo Cabús, traduziu e dará voz a poemas marcados por um estilo enxuto, irônico, autobiográfico e cujo lirismo é cativante: "Em meu coração existe um pássaro, um azulão que quer sair / mas eu não permito, / eu digo, fique aí, eu não vou deixar ninguém ver você".
Para completar o diálogo entre as duas expressões artísticas, os expressivos clássicos do blues como SummertimeBaby Please Don't Go Down Home Blues, interpretados por Atiba Taylor, nos vocais, sax e teclado, e Ricardo Lopes, na guitarra. "A estreia do Bukowski Blues, em 2011, revelou a expressiva legião de fãs do poeta em Maceió e redondezas. Agora, teremos um espetáculo amadurecido, num roteiro que rega com blues os versos etilizados do Velho Safado. Vamos rolar os dados", diz Ricardo Cabús.


Quem estará lá


Ricardo Cabús é poeta, tradutor, compositor e professor universitário. Lançou dois livros de poesia, Cacos Inconexos Estações Partidas, e A Galinha Saudosa, título de literatura infantil. Ensina na UFAL, preside do Instituto Lumeeiro, idealizou e apresenta o projeto Papel no Varal; criou e dirige o Minuto de Poesia na Rádio Educativa FM.


Atiba Taylor é estadunidense, toca saxofone e piano desde os 15 anos. Já se apresentou em diversos países europeus, em turnês de jazz. Nos Estados Unidos, começou a experimentar jazz com música popular brasileira. Tocou com o músico brasileiro Alaor Macedo e o grupo de samba Origem. Atualmente, reside em Maceió e faz parte do Brasil Modern Jazz Quarteto.


Ricardo Lopes é maceioense e um dos guitarristas mais reconhecidos do estado. Influenciado por Pat Metheny, Scott Henderson e Joe Satriani, mistura jazz, rock e blues com arranjos contemporâneos, ligados à cultura popular nordestina. Já participou de shows de artistas de renome nacional e internacional e foi o idealizador do Brasil Modern Jazz Quarteto.

Próximas atrações
O último show do projeto Em Maceió chove poesiaPiazzollando Quintana, será no dia 27 de agosto, também no Maikai Choparia. A proposta é alternar poesias de Mário Quintana, na voz de Ricardo Cabús, com o tango de Astor Piazzolla, executado pela dupla Bruno Palagani e Wilbert Fialho.
O projeto Em Maceió chove poesia tem o apoio de Ao Pharmacêutico, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), da Gama Engenharia de Recursos Hídricos, da Braskem, do Armazém Guimarães, do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP).
A entrada para cada show custa R$7 (meia) e R$14 (inteira), na compra antecipada; R$10 (meia) e R$20 (inteira), para a compra na hora do show. Os ingressos estão à venda em toda a rede de farmácias Ao Pharmacêutico. Mais informações pelo telefone 82-8135 5990 e pelo e-mail contato@lumeeiro.org.


Serviço
Bukowski Blues,  Ricardo Cabús convida Atiba Taylor e Ricardo Lopes
QUANDO:
Segunda-feira, 13 de agosto, às 20h.
ONDE:
Maikai Choparia
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
14 anos
INGRESSOS ANTECIPADOS:
R$ 7 (meia) ou R$ 14 (inteira), vendidos nas Farmácias Ao Pharmacêutico
INGRESSOS NA HORA DO SHOW:
R$ 10 (meia) ou R$ 20 (inteira), vendidos no Maikai Choparia
INFORMAÇÕES:
82 8135-5990 / contato@lumeeiro.org
Twitter: @lumeeiro e @papelnovaral
REALIZAÇÃO:
Instituto Lumeeiro
APOIO:
Ao Pharmacêutico, Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Gama Engenharia de Recursos Hídricos, Braskem, Armazém Guimarães, Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Instituto Zumbi dos Palmares (IZP).

Djavaneando Lêdo - Lumeeiro faz chover a poesia de dois grandes ícones alagoanos




por Ludmila Monteiro e Rafaela Albuquerque

Supervisão: Jornalista Andréa Moreira

Casa cheia no encontro entre os conterrâneos Lêdo Ivo e Djavan, ocorrido na segunda-feira, dia 30/7, no Maikai Choparia. Ricardo
Cabús e Igbonan Rocha, acompanhados pela flauta e violão de Jucélio Souza e Altair Roque, foram os mediadores deste acontecimento, e entre os quatro artistas e uma plateia atenta, djavaneou-se lêdo. Mais uma vez, choveu poesia em Maceió.

A expectativa pelo resultado do casamento das obras de dois artistas alagoanos era comum à maioria dos presentes. “Finalmente eu encontrei um tempo para vir assistir,” disse a desembargadora Elisabeth Carvalho, que já havia recebido convites para outros eventos do Instituto Lumeeiro: “Eu sei que vai ser bonito, pelas pessoas que fazem, e pelas pessoas que vão dizer poesias do Lêdo Ivo, e fico muito feliz de estar aqui.”

A estudante de direito Karinny Guedes, 19 anos, chegou esperando uma união feliz: “Eu vi que ia ser Djavan, que eu gosto muito, e as poesias de Lêdo Ivo, que também acho muito interessantes. Achei uma combinação perfeita.” Ela ficou sabendo sobre o projeto Em Maceió chove poesia através da internet e convidou o grupo de amigas para prestigiar o evento.

Alguns jovens, como Liana Carvalho, 18 anos, vieram para assistir pela primeira vez um evento do gênero. E aprovaram o formato do Djavaneando Lêdo, que consideraram interessante e dinâmico: “Não ficou chato, apesar de ter mais leitura do que a interpretação das canções,” disse Liana. Na opinião dela, o repertório poético e musical agrada os fãs dos dois artistas homenageados e eventos como os do projeto são importantes para incentivar a valorização da cultura alagoana.



Protagonistas e frequentadores
Além dos recém-chegados, a segunda edição do Djavaneando reuniu velhos conhecidos no público,  personalidades que há muito tempo prestigiam e participam do trabalho do Instituto Lumeeiro. “Eu tiro o chapéu e assino embaixo tudo que o Ricardo Cabús faz”, disse José Márcio Passos, ator e diretor do Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa).”Não é à toa que ele tem todo esse prestígio e reconhecimento: o trabalho dele é bom e todo mundo gosta. Eu, inclusive, gosto muito e procuro sempre participar”, conta José Márcio que, no evento, interpretou o poema ‘O gato do vigário’.

“Em se tratando da obra de Lêdo Ivo e Djavan, nas vozes de Ricardo Cabús e Igbonan Rocha, a gente não pode esperar nada além de maravilhoso”, disse a jornalista Gal Monteiro, entusiasta dos eventos do Instituto Lumeeiro. “Eu achei maravilhoso,” arrematou Adna Lopes, professora universitária. “porque eu adoro Lêdo Ivo, e Djavan também. Cantei, escutei... E venho aos outros.”

“Foi um desafio pra mim revisitar Djavan,” comentou Igbonan Rocha. Ele buscou as músicas que melhor se relacionassem com as poesias de Lêdo Ivo, selecionadas por Ricardo Cabús. Sucessos como Alagoas, Faltando um pedaço e Meu bem querer acompanharam as palavras do poeta sobre a cidade de Maceió, o amor, a morte e diversos outros temas.

Os próximos eventos do projeto Em Maceió  chove poesia ocorrem nos dias 13 e 27 de agosto, respectivamente, com a poesia de Charles Bukowski embalada pelos clássicos do blues, e a obra de Mário Quintana, acompanhada pelo tango inovador de Ástor Piazzolla. Os ingressos já estão à venda em toda a rede de farmácias Ao Pharmacêutico, pelos valores promocionais na compra antecipada de R$7 (meia) e R$14 (inteira). Outras informações pelo telefone 82-8135-5990 e pelo e-mail contato@lumeeiro.org.