O Armazém Uzina com sua exuberância no pé-direito e espaço para várias centenas de pessoas foi um risco calculado por Wado para o lançamento do seu novo CD Atlântico Negro, na noite do último sábado.
Ingressos a 15 reais – com direito ao CD mais show do Gato Zarolho (muito bom) e DJ – era justo. Um detalhe: todas as músicas do CD já estavam disponíveis para download, o que permitiu até coro da platéia em algumas das novas músicas. Ponto positivo.
Cheguei lá pelas 11 e surpreendi-me com a entrada pelos fundos, que foi justificada com a posição do palco. Logo na portaria, chamava a atenção um segurança que apalpava com gana todos que entravam, gerando uma sequência de cenas bizarras, que pude observar sentado ao lado de amigos no saguão de entrada. Diversão pura. Foi ótimo para passar o tempo até o início do show pontualmente à meia-noite.
Wado domina o palco com um misto de timidez e experiência, apesar da juventude, tendo à mão uma long neck durante boa parte do espetáculo. O repertório foi bem dosado – com destaque para Estrada – e o tempo de uma hora e quinze minutos foi legal, embora coubesse um bis para umas duas músicas. Senti falta da “chuva de sapos”.
Sim, a acústica do local é sofrível e a iluminação ambiente péssima, ofuscando todo mundo com holofotes refletindo nas paredes no nível do campo visual das pessoas. Uma pena, pois há muita beleza a ser mostrada no ambiente. Sobre a acústica, cabem algumas intervenções, mas isto é outra conversa. No todo, a festa foi legal.
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